O contexto histórico-social e o processo de redemocratização do Brasil,
experimentados na segunda metade do século XX, foram fecundos para a organização e
prolífero para o movimento da Reforma Sanitária.
O movimento da reforma buscava provocar
mudanças profundas no sistema de saúde brasileiro trazendo como estandartes o direito ao
acesso irrestrito a todos os serviços de saúde por todos os cidadãos, a compreensão dos
determinantes sociais na saúde, a regulação por parte do Estado em relação ao mercado da
saúde, a descentralização, regionalização e hierarquização do sistema, participação da
população, controle democrático e a integração entre saúde previdenciária e saúde pública.
As
bandeiras erguidas pela Reforma Sanitária traziam em seu cerne a conquista da cidadania e
espaços democráticos de decisão e participação na saúde.
A partir da força política e social que a 8ª Conferência obteve foi criada a Comissão
Nacional da Reforma Sanitária cuja função foi formular uma proposta de sistema público de
saúde para ser apresentada e debatida na Assembleia Constituinte.
Essa comissão congregava
representantes de diversos setores como dos governos federal, estaduais e municipais,
instituições públicas e privadas de saúde, coletivos da sociedade civil e trabalhadores
sindicalizados.
Para garantir a participação popular nos debates sobre a
saúde na Constituinte, e ainda repercutindo a força da 8ª Conferência, foi criada a Plenária
Nacional de Saúde composta por movimentos e entidades da sociedade civil.
A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão da Saúde (PNH) é uma
política pública do SUS, cujo marco teórico-politico foi publicado em 2004 apresentando-a
como a proposta em substituição de ações fragmentadas de humanização e como modo para
qualificar o SUS. Seu
marco-teórico elenca os princípios, estratégias e parâmetros para sua implementação. Com a
PNH pretende-se intensificar a humanização nas práticas de gestão e cuidado.

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